A EVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA

sábado, 28 de novembro de 2009

E Pilatos lavou as mãos

Então Pilatos viu que não conseguia nada, e que o povo estava começando a se revoltar, mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão e disse:
- Eu não sou responsável pela morte deste homem, isso é com vocês. (Mt 27:24)
Desde então, diante de uma decisão que se quer postergar ou passar a outrem, a expressão “lavar as mãos” se eternizou. Uma maneira de se livrar do crivo do julgamento e não se desgastar com as partes envolvidas.
Foi assim que o Supremo Tribunal Federal (STF) se portou, na última quinta (19), no caso Cesare Battisti, transferindo para Lula a última palavra sobre a extradição do ex-guerrilheiro italiano.
As relações entre autoridades brasileiras e italianas vêm sendo nada amistosas, isto porque o ministro da Justiça do Brasil, Tarso Genro, tem declarado sua posição de não ser favorável à extradição de Battisti, declarando, em entrevista, que setores da sociedade e do governo da Itália reclamam o retorno de Battisti porque sofrem “influências fascistas”.
Isso pode ecoar como uma provocação e insulto, visto que, segundo os próprios italianos, o fascismo já foi varrido daquele país há muito tempo.
Prato cheio para os opositores de Tarso Genro que aproveitaram para jogar lenha na fogueira, salientando que o ministro não deveria ter insultado a Itália com esta pejorativa declaração e perdeu uma boa oportunidade de ficar calado.
Na verdade, qualquer um tem direito de achar que Battisti deve ficar no Brasil, mas nunca agredir e arranhar uma relação diplomática construída solidamente durante décadas.
Aliás, que interesses pode haver de o Brasil querer manter mais um preso aqui em nossa carceragem já tão superlotada? Por que proteger assim uma pessoa que deve ao seu país? E se o Brasil necessitar de extradição da Itália para cá, como se comportará o ministro falastrão?
Teme-se que o presidente Lula, que tem agora a batata quente nas mãos, pense igual ao ministro da Justiça e queira dar hospitalidade a um criminoso em detrimento das relações entre os dois países.
E não pasmem se isso ocorrer, visto que Lula tem ações, no mínimo, polêmicas. Há pouco, recebeu a Autoridade Palestina e ainda fez comentários sobre as ações de Israel na faixa de Gaza. Semana que vem, receberá Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã. Ambos são autoridades maiores de países, no mínimo, suspeitos de serem protagonistas de atos repudiados pelo Ocidente, lado político em que o Brasil e seus aliados estão inseridos.
É certo que nos últimos tempos, o Brasil ganhou muita projeção na política de relações internacionais, isso porque, historicamente, nosso país é um Estado coerente que tem sabido calar e falar nas horas certas e, por isso, ganhou respeito, admiração e notoriedade.
Portanto as autoridades que administram o país precisam ter cuidado para que a imagem brasileira não seja arranhada, principalmente se for em benefício de pessoas que nada têm a oferecer ao país.

domingo, 15 de novembro de 2009

Descriminalização da maconha – grande passo para o “welcome” coca

O mundo resolveu legislar em favor da maconha. A América Latina – histórica seguidora das tendências européias e americanas – está aderindo a essa moda. Brasil, Argentina, Chile e México já deram a carta de alforria a essa droga, considerada leve.
Para os pais que sofrem com filhos mergulhados no mundo das drogas a partir dessa tal droga “levezinha”, descriminalização é um palavrão que tem influência e efeitos diretos sobre a relação dos seus filhos com as drogas, tema que não se esgota a partir de leis.
O tema é polêmico. Divide opiniões entre especialistas, pais e autoridades. Infelizmente, quem tem o poder de decisão é quem menos quer ouvir.
Pela nova lei sobre drogas no Brasil, consumir, portar, cultivar e comercializar maconha não será mais crime. A legalização, portanto, abrangeria toda a cadeia – produção, distribuição e comercialização em larga escala –, transformando a maconha em um produto como outro qualquer, sujeito a regulamentações, impostos e fiscalização.
Escola, clube, academias, boates e até lanchonetes servirão de vitrine para o consumo de maconha.
- Vai um cigarrinho aí king size com filtro? – Pergunta o garçom.
As “piruas” mais chiques vão perguntar na tabacaria de luxo?
– Tem cigarrete de erva pura natural do vale do São Francisco com Papel Smoking King Size Deluxe?
– Claro! Claro! ¬– Responde a elegante atendente. – Tem também com papel Smoking SMK King Size.
– O luxo de FAIRLANE Slims, feitos na União Europeia – Explicou um distinto senhor que comprava alguns para seu estoque de casa onde faz a cabeça tranquilamente na sua varanda confortável.
Antes dessa discussão, alguns países já deram sinais de complacência com as drogas. O Brasil aprovou em 2006 uma lei que descriminaliza o porte de maconha para uso pessoal. Na Colômbia, não só é permitido o porte de doses de maconha para consumo pessoal como de qualquer droga, incluindo a cocaína, depois que uma Corte Constitucional do país defendeu o direito ao livre desenvolvimento da personalidade. A Argentina está debatendo o tema e, fora da região, os pioneiros na descriminalização do consumo são Suécia, Holanda, Austrália, Canadá e Nova Zelândia.
Os defensores da legalização argumentam que essa lei poderá surtir mais efeito no combate às drogas que a repressão. Entretanto pode ser um grande “tiro no pé”, pois o que garante que a liberdade de uso poderá atenuar o tráfico? Pesquisas têm confirmado a tese da co-responsabilidade do consumidor pela cadeia do tráfico. O mais leigo sabe que quem alimenta o tráfico é o consumidor, é o uso pessoal, exatamente o que a lei quer liberar. O consumidor da maconha será o alvo da comercialização.
Quantos pais estão aflitos por verem uma porta escancarar-se diante dos olhos ingênuos de seus filhos rumo a drogas pesadas. Quantos filhos não encontraram esse caminho ao experimentar a maconha? Caminho sem volta diga-se de passagem.
Como tudo que é polêmico vira moda, os primeiros anos serão terríveis. Imagino quantos jovens não se arvorarão a consumir maconha pelo simples fato de ser liberado dar tragadas profundas em plena praça, na boate, no pátio da escola.
Cabe à sociedade se manifestar e dar seu parecer. São os pais, mães, avós, tios, professores, líderes religiosos e pessoas idôneas quem devem dizer se querem ou não que seus jovens e as drogas tenham tamanha aproximação.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS, CURRÍCULO E FORMAÇÃO DO EDUCADOR.

Fomos crianças num tempo em que o mundo girava mais devagar, quando a previsão de Mc Luhan, de que a televisão transformaria o planeta numa grande aldeia, soava como retórica longínqua e folclórica. Hoje, uma nova geração de jovens é criada na época da informação, numa era da imagem e da eletrônica. Descobrem o mundo e se descobrem motivados por aparelhos cada vez mais sofisticados. Nem imaginam que um dia o lugar onde hoje, em nossa casa, estão a TV, o vídeo, o microcomputador, CD, o DVD e outras novidades tecnológicas estavam estantes cheias de livros.

O panorama mundial, no qual estamos inseridos, apresenta um quadro de profundas transformações. O efeito da revolução tecnológica, que marcou o século XX e trouxe a globalização, afetou, maciçamente, todos os setores da sociedade. As mudanças experimentadas chegam numa velocidade estonteante. As transformações que causam deixam, em todos os segmentos sociais, o imperativo: “É preciso atualizar-se para acompanhar as transformações!”

Todos esses rumores chegaram ao setor educacional com a mesma força e velocidade com que chegaram a outros setores. Vêem-se, cada vez mais escolas aparelhadas com tecnologia de ponta. A informática é, hoje, sem dúvida alguma, a grande aliada da escola. O material didático produzido por esse setor da economia está superando as expectivas. Os “softs” utilizados por muitas empresas educacionais têm despertado novos interesses nos alunos que agora dispõem de uma maneira nova e lúdica de estudar. No meio dessas transformações, estão as apostilas que ocupam, hoje, o lugar do livro didático em muitas escolas particulares. Apresentam-se como sistema de ensino apostilado e se manifestam cada vez mais atraentes visando à atenção de professores e escolas. Produzem "softs", jogos interativos, hipertextos, aulas a parir da hipermídia. Essas apostilas – produzidas por essas megaescolas – são acompanhadas de CD Rom, kits completos de multimídia com links diretos para diversas homes pages. Os alunos estudam navegando pela Web. Não só aprendem os conteúdos do curso, mas também aprendem outros conteúdos através de uma imensidão de informações.
Aí, nesse momento deve entrar a figura do educador, que deve estar munido de preparo para ensinar nesse ciberespaço. Deve ser o mediador entre esse universo de informação e o ciberconhecimento sem deixar o jovem perder de vista o seu papel de aprendiz