Introdução
Estamos vivendo a era da Informática e, há algumas décadas, todas as tecnologias giram em torno do uso de microcomputadores. Essa realidade modificou tanto a forma de aquisição, como o modo de transmissão do conhecimento.
Informática é o nome genérico do conjunto das Ciências da Informação que inclui: a teoria da informação, o processo de cálculo, a análise numérica e os métodos teóricos da representação dos conhecimentos e de modelagem dos problemas. E a palavra Informática refere-se, também, especificamente ao processo de tratamento automático da informação por meio de máquinas eletrônicas, os computadores.
De um modo geral, pode-se pensar em computador como um equipamento capaz de armazenar e processar, lógica e matematicamente, quantidades numéricas.
Hardware e Software
Assim, um computador digital é um equipamento eletrônico que processa dados usando programas, podendo ser dividido em:
1º) uma parte "física" (concreta, visível e palpável) denominada "hardware": os fios, placas de circuitos integrados, monitor, impressora, mouse, teclado, modem, placa de rede etc... Ou seja, é o equipamento.
Detalhes sobre alguns tipos de hardware podem ser encontrados em:
Disco rígido
Entrada e Saída
Memória|
Placa mãe
Processador
Outras Placas
Teclado
2º)uma parte "não física" chamada de "software, que é o conjunto de programas que faz a máquina funcionar e permite que se obtenha o resultado desejado de seu processamento.
Detalhes sobre alguns softwares podem ser encontrados aqui.
Portanto, mudando-se o software obtém-se um resultado diferente usando o mesmo hardware.
Para fazer a ligação entre o equipamento e os programas foram criados sistemas operacionais, como o Linux, o Mac, o Windows.
O computador
Concretamente, o computador é um equipamento, constituído por componentes mecânicos e eletrônicos que, a partir de dados de entrada, realiza um processamento, gerando novos dados como saída.
Basicamente um computador é composto de um processador central, capaz de efetuar operações lógicas e matemáticas de modo extremamente rápido, e de salvar informações, que utiliza vários dispositivos como disco rígido, memória, placa mãe e, também, vários dispositivos de entrada e saída de dados.
Atualmente é considerado quase como um eletrodoméstico e é geralmente associado a um gabinete, a um monitor, um teclado, a um mouse, a uma impressora, sendo extremamente importante que haja conexão à Internet.
São exemplos de computadores: ábaco, calculadora, computador analógico, computador digital.
As gerações
Quando se pensa na história do computador e da Internet, observa-se que, apesar de muitos equipamentos terem aparecido bem antes, eles surgiram em torno dos anos 40 do século passado e eram enormes, ocupando vários metros quadrados.
Esses equipamentos passaram por uma grande evolução, que pode ser dividida em gerações.
Cada geração é caracterizada pelo desenvolvimento tecnológico no modo como o computador opera, resultando em equipamentos cada vez menores, mais poderosos, eficientes rápidos,e baratos.
Primeira geração (em torno de 1940-1959)
Os computadores eram lentos, enormes, ocupavam salas inteiras e tinham muitos metros de fios,
Eram equipadas com válvulas eletrônicas e gastavam muita energia,
Sua operação era muito cara e esquentavam muito, o que era, frequentemente, a causa de mau funcionamento,
Usavam linguagem de máquina para executar operações, só podendo resolver um
problema de cada vez,
A memória baseava-se em cilindro magnético,
A velocidade de processamento era da ordem de milissegundos e a capacidade de memória era de 2 a 4 kbytes,
A entrada de dados era feita por meio de cartões ou fita de papel perfurados,
A saída de dados era feita por impressoras,
Não existia sistema operacional. Os programadores eram operadores e controlavam o computador por meio de chaves, fios e luzes de aviso.
Segunda geração (1959-1964)
Houve a substituição das válvulas eletrônicas por transistores e os fios de ligação por circuitos impressos, o que tornou os computadores mais rápidos, menores, e de custo mais baixo. Mas ainda esquentavam muito.
Mudança da linguagem de máquina binária para as linguagens simbólicas, como FORTRAN, que permitiram que os programadores especificassem instruções em palavras,
A memória passou de cilindro magnético para a tecnologia do núcleo magnético,
A velocidade de processamento era da ordem de milissegundos a capacidade de memória era de 20 megabytes,
Surgiram os primeiros armazenadores externos de informações: fitas magnéticas e discos,
A entrada de dados era feita por cartões ou fita de papel perfurados,
A saída de dados era feita por impressoras,
Foram criados os sistemas em lote, "batch systems", que possibilitaram um melhor uso dos recursos computacionais. Havia um programa monitor, usado para "enfileirar" as tarefas. Cada programa era escrito em cartões ou fita de papel perfurados, que eram carregados por um operador, juntamente com seu compilador. O operador em geral utilizava uma linguagem de controle chamada JCL (job control language).
Terceira geração (1964-1970)
Os computadores passaram a ter circuitos integrados, sendo que os transistores foram miniaturizados. Estes aumentaram a velocidade e a eficiência das máquinas, proporcionando redução dos custos e aumento da velocidade de processamento. Sendo menores e mais baratos tornaram-se acessíveis para um grande número de pessoas,
Teclados e monitores substituíram os cartões e papel perfurados,
O sistema operacional passou a permitir que muitos programas pudessem ser executados ao mesmo tempo (multitarefa), inclusive monitorando a memória,
A velocidade de processamento era da ordem de microssegundos. Exemplos: DCC 6600, Nova
Quarta geração (de 1970 até a época atual)
O microprocessador, com milhares de circuitos integrados em um único "chip" de silicone, proporcionou maior grau de miniaturização, confiabilidade e velocidade, já da ordem de nanosegundos (bilionésima parte do segundo),
Outros equipamentos começaram a usar os microprocessadores,
Iniciou-se a ligação dos computadores em redes o que conduziu ao desenvolvimento da Internet
Houve o desenvolvimento da interface gráfica - GUI, "Graphical User Interface" - baseada em símbolos visuais, como ícones, menus e janelas que promoveram maior interação entre o sistema e o usuário,
A velocidade de processamento era da ordem de nanossegundos,
Apareceram linguagens múltiplas de programação como Cobol, Pascal, Basic,
Começou a transmissão de dados entre computadores através de rede,
Intensificou-se a produção de computadores objetivando o usuário doméstico.
Quinta geração (época atual e futuro)
O objetivo é desenvolver equipamentos que respondam à entrada de dados por voz e que sejam capazes de aprendizagem e de organização,
Altíssima velocidade de processamento,
Grande capacidade de armazenamento de dados dos discos rígidos (de 40 e 80 GBs já eram comuns em lojas brasileiras no início de 2007), o DVD pode acumular uma quantidade dez vezes maior de dados do que o CDrom,
Alto grau de interatividade, inclusive com reconhecimento de voz por alguns aplicativos
O uso de processamento paralelo e de supercondutores está impelindo o surgimento da "inteligência artificial".
Multifuncionalidade
Assim, após algumas décadas, os componentes diminuíram de tamanho e ficaram mais baratos, até que se chegou a modelos que pudessem ser colocados em cima de uma mesa ou, mesmo, carregados no bolso. E os sistemas foram adaptados até que qualquer indivíduo alfabetizado e de bom senso pudesse utilizar o equipamento.
Assim, desde a década de 60 eles tem sido usados em sistemas de controle de contas bancárias e de reservas de companhias aéreas, pois um computador manipula dados com grande velocidade, muito mais rápido do que as pessoas. Seu uso principal, portanto, é em tarefas que necessitem manipular grande quantidade de informações em pouco tempo.
Mas, durante muitos anos, os computadores foram privilégio apenas de grandes empresas, pois utilizar um deles significava dispor de um grande espaço físico, devidamente refrigerado e muitos funcionários trabalhando em tempo integral na sua manutenção.
Com o início da produção do microcomputador de uso pessoal (ou pc - personal computer), de baixo custo, esses dispositivos tornaram-se um equipamento de uso doméstico e uma ferramenta indispensável no dia a dia das pessoas.
Hoje podemos vê-los funcionando em muitos lugares: supermercados, escolas, lojas, hotéis, hospitais, consultórios médicos, dentários e advocatícios, etc.
Mas é óbvio que a multifuncionalidade é uma das grandes vantagens do computador pois é um instrumento de criação de textos, imagens, sons e vídeos e, também, de fragmentação de informações e banco de dados e, ainda, de simulação em treinamentos, planilhas, planos de apoio e gerenciamento de pesquisas. Assim, além de ser utilizado como equipamento de trabalho, também é usado para o entretenimento, por exemplo por meio de jogos que, a cada dia, se tornam mais interativos.
O uso de computadores garante cada vez mais o acesso à todo o tipo de informação pois houve um grande aumento na capacidade de armazenamento de dados e no acesso a eles. Assim, as informações contidas em computadores de todo mundo e presentes no ciberespaço, permitem que usuários tenham acesso à novos mundos, novas culturas, sem necessidade de locomoção física. Logicamente, no processo houve uma forte redução de custos, pois o que era distante agora é próximo, assim o uso de computadores otimizou o tempo e os custos.
Atualmente, a oferta de informatização, em quase todos os setores, ultrapassa nossa capacidade de aproveitamento. Simplesmente não conseguimos aproveitar tudo. Se antigamente já se debochou da precariedade da tecnologia, hoje temos de nos esforçar muito para usá-la corretamente, pois a complexidade ultrapassa nossa capacidade de entendimento.
Assim sendo, fica claro que o melhor aproveitamento da tecnologia depende, mais do que nunca, do ser humano. Torna-se, portanto, imprescindível que todos aprendamos algo da linguagem da informática e que dominemos minimamente o conhecimento da operacionalidade e das potencialidades de um microcomputador, objetivando aumento de produtividade, e e melhor qualificação e desempenho.
Inclusão e exclusão digital
Então, chega-se à questão da inclusão digital, ou seja, promover a possibilidade de um maior número de pessoas terem contato com as tecnologias associadas com computadores, já que as tecnologias da informação não constituem um fim em si mesmas, mas devem ser um instrumento para o desenvolvimento.
Entretanto, no Brasil, a barreira de entrada na Internet é significativa, pois a renda bruta da população é pequena, impedindo que milhões de brasileiros comprem um pc.
Dados de novembro de 2005 divulgados pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) revelam o abismo da inclusão digital no Brasil: enquanto 88,7% dos brasileiros da classe A e 55,5% e da classe B possuíam computadores em casa, apenas 16,1% da classe C e 2% da população das classes D/E possuíam um pc.
Portanto, parte da saída para reverter o quadro de exclusão digital está no acesso à internet por meio de centros públicos, em escolas e centros comunitários, e não apenas em políticas de redução de preços dos equipamentos. Assim, estão acontecendo esforços governamentais como a implantação de laboratórios de informática com acesso à internet em banda larga nas escolas, em alguns estados do país.
Mas no aspecto do acesso à web em centros públicos, as políticas do governo ainda têm muito a evoluir: menos de 1% das pessoas acessou a internet a partir de pontos públicos gratuitos em três meses do segundo semestre de 2005. Enquanto 10% acessaram de casa, 5% acessaram a partir da escola, o que revela a importância do equipamento das instituições de ensino para levar a inclusão à população.
Mas, evidentemente, apenas colocar um computador à frente das pessoas ou vendê-lo a um preço menor não inclui qualquer pessoa em nenhum processo. E os locais não podem ser um mero depósito de computadores, como é o caso de comunidades ou escolas que recebem computadores, que nunca são usados pois não há pontos de conexão à internet, não há apoio técnico para resolução de problemas de hardware, e porque faltam professores qualificados para ensinar o conhecimento necessário.
Evidentemente deve estar muito bem definido o que se deseja com a utilização de computadores: o estudante não só deve aprender tudo que for ensinado na sala de aula, mas também deve ser preparado para assumir uma profissão. A longo prazo, é a melhor ação de inclusão social em que se pode investir.
Pois, inclusão digital deve significar, antes de tudo, melhorar as condições de vida de uma comunidade com ajuda da tecnologia. O computador e a internet devem ser ferramentas de libertação do indivíduo, de autonomia do cidadão.
Ou seja, é absolutamente necessário nos projetos de inclusão social:
ter objetivos claros,
garantir a manutenção do hardware e da rede
ensinar a usar o equipamento e os programas, tanto em benefício próprio como no coletivo.
Assim, para garantir a democratização da informação, é necessário haver muitos cursos básicos, com explicações práticas sobre o uso de computadores e a configuração de programas e de sua utilização, em linguagem clara e não técnica. Esses cursos são um inestimável auxílio para os iniciantes.
Tais cursos também devem impedir que tempo e equipamento sejam mal utilizados por aqueles que já tenham alguma experiência, pois todos os tipos de usuários, para bem usar um computador necessitam:
entender a terminologia da microinformática, os princípios básicos do funcionamento e das potencialidades do equipamento.
conhecer o funcionamento básico de alguns programas, possibilitando o esclarecimento das dúvidas mais frequentes.
Dica "quente"
Altas temperaturas podem danificar em muito o computador. Portanto:
Não coloque o computador dentro de móveis ou em locais de difícil circulação de ar,
Não coloque fontes de calor próximas ao gabinete,
Se o computador tiver uma placa mãe com sensor de temperatura, deixe-a sempre ativado. Aparecerá um aviso se ocorrerem temperaturas fora dos valores previstos pelos fabricantes e Garanta que entradas de ar não estejam obstruídas pela poeira.
A EVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Por onde anda o bom senso e a ética?
Todos os anos, o MEC analisa obras literárias para adoção nas escolas. É uma grande demanda de livros que passam pelo crivo a censura dos analistas, pedagogos e especialistas que dão a última palavra para a compra do título pelo Governo Federal.
Há pouco tempo, o MEC reprovou duas obras de ninguém menos que Monteiro Lobato, expoente escritor clássico de sessenta e oito obras imortalizadas na Literatura Brasileira, entre elas Reinações de Narizinho, A menina do narizinho arrebitado, Caçadas de Pedrinho, O Saci Pererê: resultado de um inquérito (1918), Urupês (1918), O macaco que se fez homem (1923), entre outros.
A mesma equipe que reprovou duas obras deste imortal escritor aprovou o livro “Mamãe, Como Eu Nasci?”. Obra cuja temática lembra comportamentos pedófilos. Se a obra de Monteiro Lobato não pode ser lida por estudantes das Redes Públicas estadual e municipal de todo o país por que uma obra sem características pedagógicas pode ser aceita sem restrições?
O colunista Reinaldo Azevedo publicou no site oficial da Revista Veja de 01/02/2011 o seguinte texto:
MONTEIRO LOBATO NÃO PODE, JÁ A PORNOGRAFIA...
O mesmo país e o mesmo governo que aprovaram uma Lei do Estupro que distorce a realidade, como provam os indicadores da Secretaria de Segurança Púbica (ver post abaixo), permite isto:
“Olha, ele fica duro! O pênis do papai fica duro também?
Algumas vezes, e o papai acha muito gostoso. Os homens gostam quando o seu pênis fica duro.”
“Se você abrir um pouquinho as pernas e olhar por um espelhinho, vai ver bem melhor. Aqui em cima está o seu clitóris, que faz as mulheres sentirem muito prazer ao ser tocado, porque é gostoso.”
“Alguns meninos gostam de brincar com o seu pênis, e algumas meninas com a sua vulva, porque é gostoso. As pessoas grandes dizem que isso vicia ou “tira a mão daí que é feio”. Só sabem abrir a boca para proibir. Mas a verdade é que essa brincadeira não causa nenhum problema”.
São trechos do livro “Mamãe, Como Eu Nasci?”, aprovado pelo MEC para alunos na faixa dos 10 anos. Comentei ontem este assunto aqui.
Ah, sim: o MEC havia vetado Monteiro Lobato! Monteiro Lobato não pode! Pornografia para crianças, tudo bem! incluindo o incitamento para que desobedeçam às orientações do pai e da mãe porque “a brincadeira não causa nenhum problema”.
Incrível, não? Eu realmente não sei como foi que a civilização chegou até aqui sem a ajuda desses libertadores sexuais. Se, sem eles, já tivemos Leonardo, Michelangelo, Schopenhauer e Beethoven, imaginem quando a masturbação for estatizada e tratada por professores convertidos em animadores sexuais…
Ninguém mais vai querer pintar, fazer música ou esculpir. Passaremos a eternidade mexendo no pingolim e na borboletinha.
Não sei se peço cadeia ou médico pra essa gente.
Por Reinaldo Azevedo em 01/02/2011, Revista Veja http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/monteiro-lobato-nao-pode-ja-a-pornografia/
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